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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Quando ter filhos?

A pedido de uma amiga e leitora, Mila Fernandes, escrevi este texto que nem sei porque não tinha escrito antes. Voilá

Desde a adolescência eu já queria ser mãe, aquela coisa de brincar de boneca pra mim estava sem graça sem uma vidinha real nas mãos pra cuidar. Mas a educação que meus pais deram foi o suficiente para que eu esperasse um pouco mais e sou eternamente grata à eles porque puder viver intensamente minha adolescência, como deve ser.

Quando conheci Roberto, éramos muito novos, eu estava no segundo grau e ele tinha parado os estudos por que quis e também porque já trabalhava. Dai que fiz [com a ajuda da avó Chica] com que ele voltasse aos estudos, pelo menos pra concluir o segundo grau. Quando terminamos esta etapa, eu parti para a faculdade e ele, mais uma vez, decidiu parar. Quando estava no quarto semestre da faculdade eu já não agüentava mais de ansiedade para ter meu primeiro filho, foi então que parei de tomar o anticoncepcional e partimos pra parte boa, tentar.

Uma pausa mental: porque a vontade de ter filho, na maioria das vezes, parte da mulher, e nao do homem, partindo do pressuposto que é ela quem vai arcar com maior parte do trabalho que um filho dá? Diz ele que queria, mas nunca tinha manifestado sua opinião, depois que nasceu ai sim ele adorou, porque será?

Só que de boa não teve muita coisa não porque foi um ano fazendo amor [aliás sexo, para engravidar, exclusivamente!] e na-da! Fizemos todos exames possíveis e todos deram normais. Acho que pode ter sido por causa do anticoncepcional que usava [injetável de 3/3meses] e também pela temida ansiedade. Quando resolvi que ia esquecer este assunto, cataploft en-gra-vi-dei, meu bem!

Continuei na faculdade, mas quando Eduardo nasceu tranquei por um ano, voltei e concluir.

Porém, devemos levar muito em consideração alguns fatores, como:

Ter sua mãe em pleno gozo de boa saúde e disposição pra te ajudar;
Pode ser também a sogra, a cunhada, a irmã ou qualquer parente nas mesmas condições de sua mãe;
Ter uma renda que pague os custos necessários [plano de saúde, boa alimentação, casa, etc];
Tempo de sobra, tipo: um turno livre;
Disposição para perder noites, sem saber quando isso terá fim ou se terá, oremos!
E vontade de ambas partes porque como diz um velho ditado: quando um nao quer dois nao brigam.

Nós ainda fomos além, decidimos que um filho só era pouca merda, a gente queria a fossa entupida, e tentamos mais um, que resultou em dois abortos retidos [2010 e 2011] e um bebê lindão que é o nosso Arturzinho, agora com três meses. Marido ainda quer continuar tentando a meninA, mas eu nao tenho mais aquela mocidade dos 25 anos quando tive Dudu e o longo percurso até nascer, pra mim, foi muito cansativo. Sendo assim, quem sabe, daqui há alguns anos adotar uma.

Não é receita de bolo, claro, mas se essa é sua vontade, assim como foi a minha, então parte logo pros finalmente e vem aqui me contar como foi sua experiência, beleza?

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