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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Bronquiolite, uma vilã silenciosa

Tivemos o desprazer de conhecer esta patologia em Artur no auge dos seus 2 meses. Foi terrível, com direito à internação hospitalar por 8 dias que só cedeu por causa do uso de antibiótico [eritromicina] associado à nebulizações com medicamentos e uma nova e bastante eficaz chamada de hipertônica, que só pode ser usada em pacientes internados, pois necessita de supervisão médica.
 
Ele apresentou tosses persistentes e carregadas e nariz escorredo secreção esbranquiçada, nada que assustasse de cara. Quando isso começou, liguei logo para a pediatra que o acomapanha, ela passou nebulizações e corticóide, só que ele piorou, levamos ao PA e lá ele realizou um raio-x que revelou uma mancha nas vias aéreas, segundo a médica que o atendeu dava para tratar em casa com antibiótico e as mesmas orientações que a pediatra dele havia passado, eu insistir no internamento, mas a médica achou que não era nada demais e deu alta. Já em casa, numa das nebulizações eu notei que ele ficou apático derrepente e com semblante de quem estava desfaleçendo, não perdemos tempo e corremos de novo pro PA [quase sai só com roupas íntimas], devida a urgência do caso preferimos dar entrada em um hospital mais perto de casa, foi desesperador...imagine eu e o pai, dentro do carro ultrapassando todos carros da rua, com as luzes do pisca alerta ligado, com o menino no colo pareçendo que ia morrer.
 
Nem fizemos ficha, fomos logo pro consultório, desperados. A plantonista disse que ele apenas estava cansando [sintoma de asmáticos], mas não era um comportamento normal, já que ele vinha sendo nebulizado há alguns dias e o mesmo não tinha acontecido, por isso o nosso medo.
 
Passado o susto, ela o deixou em observação mantendo todas medicações que já vinha tomando e não gostou da postura que a outra médica do primeiro PA teve. Na sua opinião, ele devia ter ficado internado devida idade e gravidade da doença que osçila do bem bom para o estado péssimo em questão de minutos. Isso aconteceu com um bebêzinho que também chegou lá, com pouco mais de um mês, e no caso dele precisou ser transferido para UTI de outro hospital [lá não tem]. O estress foi tanto que meu leite diminuiu drasticamente a produção, pensei que fosse precisar de leite artificial, mas Artur se sentiu satisfeito e não foi necessário.
 
Entre um plantão e outro tivemos a felicidade de encontrar com algumas pediatras maravilhosas que atenderam nosso filho com muito carinho, cuidado e competência [não era um comportamento frequente, pode acreditar], o que fez ele ficar bom logo.
 
Foram longos dias sem ir em casa, sem ver Dudu, tivemos que deixar ele com quem podia a depender do dia. Pra fechar com chave de ouro, ele ainda teve uma crise de otite durante este período, que precisou ir ao PA especializado onde tomou uma benzetacil [coitado]. Eu achei que o fator emocinal entrou em cena e fez meu bichinho ficar doente porque foi derrepente um febrão e muita dor de ouvido. Ele estava louco de saudade, queria de qualquer jeito nos ver, falei com a assistente social, mas o pai não concordava prevendo a sua piora. Isso só foi possível no dia da alta, chorei de felicidade em estar saindo daquele lugar e ao mesmo tempo em poder estar com meus filhos e meu marido em casa.
 
A recomendação foi, continuar o uso do antibiótico até completar 10 dias de uso mais a nebulização com medicamento [Aerolin] e lavagem das narinas com soro. Terminado o uso do antibiótico, levamos ao pediatra e tudo estava bem, graças!
 
Mas, nem tudo são flores... a bronquiolite pode reapareçer até aproximadamente 6 meses. Então agora é cuidado redobrado e qualquer sintomasinho de gripe que seja, lá vamos nós para a pediatra ou PA. Só sei que não terei descanso nem pra urinar, tem que ter alguém por perto pra fiscalizar, pense....
 
E não tem como evitar transmissão, pois percebi durante aqueles dias no hospital que outros bebês, inclusive rn's, que as mães não levavam pra rua, que não recebiam visitas, que tinham o maior cuidado, estavam também com bonquiolite, do mesmo jeito que as que iam pra todo lugar que tinham vontade, inclusive shoppings, pasmem!
 
Eu e Dudu sofremos de problemas respiratórios, tudo que eu não precisava neste momento é ter mais um, mas fazer o quê?
 
 
nem parece, mas estava bem doentinho.
 

Um comentário:

Chris Ferreira disse...

Oi,
Post muito bacana e esclarecedor. Muita gente sofre desse mal.
Desejo que vocé e Dudu fiquem bem.
Beijo grande.
Chris
http://inventandocomamamae.blogspot.com.br/