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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Os padrinhos que ele escolheu

Cheguei em casa depois de mais um dia de trabalho e chamei meu filho para uma conversa:

- filho.
- oi mamãe.
- precisamos resolver quem serão seus padrinhos, mamãe e papai decidiram que você quem vai escolher. Quem você gostaria? é um homem e uma mulher [não sei se pode do mesmo sexo, acho que a igreja católica não concorda], podem ser da família ou amigos.
- minha dinda quero Kica [Larissa, prima do pai].
- e meu dindo quero tio Pércio [meu irmão].
- então filho, vamos ligar para eles pra contar esta novidade e perguntar se eles aceitam né?
-liga mamãe, liga mamãe.

Na ligação para tio Pércio que por sorte, estava de folga:

- meu tio, você sabia que eu te amo no meu coração, você aceita ser meu padrinho?
- ô meu sobrinho, é claro que eu aceito, titio de ama muito também [e o tio começa a chorar]. Deixa eu falar com sua mãe ai.
- oi.
- minha irmã, eu não tenho mais idade pra receber boas notícias assim, meu coração não aguenta. Pensei até que fosse a outra notícia de novo [gravidez] mas esta foi melhor ainda [a boba aqui também começa a chorar, mas não dá bandeira].

O DINDO

Agora, é a vez da prima Kica que estava na faculdade:
- minha "pima", você sabia que eu te amo no meu coração, você aceita ser minha "padrinha"?
- ô meu amor, se é você que tá pedindo é claro que eu aceito [já deu sinal de choro]...rs
- sua mãe tá ai? passa pra ela.
- oi
- que novidade é essa, passamos o dia juntos e ele não me disse nada.
- pois que eu perguntei e ele, sem pestanejar, escolheu você e Pércio.
-  adorei a notícia, amo este menino.

A DINDA
E assim foi a escolha, da vontade dele, as pessoas que ele tem mais afinidade e que retribuem os mesmos sentimentos. Nós, os pais, adoramos por serem as pessoas por quem também temos a mesma afinidade que ele. A recíproca aqui, é verdadeira.

Eu e o pai tivemos péssimas experiências com nossos padrinhos. Antigamente [ainda hoje pessoas continuam com este ritual] os pais escolhiam e batizavam ainda na fase de bebezinhos. Daí que o tempo foi passando, crescemos e os escolhidos nunca nos procuraram nem pra saber se estávamos vivos, e a tal afinidade nem passava perto.

Ficamos com trauma, dai que decidimos não repetir o mesmo erro com nosso filho. Hoje ele tem quatro anos, já sabe dizer o quê e de quem gosta. E nós estamos aqui para orientá-lo e ajudar na sua melhor cescolha, pelo menos para o momento, pois são as pessoas que acreditamos serem as melhores, sem hipocrisia. E esperamos que esta escolha lhes renda muitos e muitos anos de convivência, o que não aconteceu conosco.

E com o[s] filho[s] de vocês, como foi ou será?

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